“Eu sabia muito bem que com um pau não se pode matar um pássaro, nem mesmo deflagrar qualquer tiro... se a gente começasse a pensar desse modo, então não deveria mais andar a cavalo nas cadeiras. E, entretanto o próprio Volódia haveria de recordar muito bem que durante os compridos serões de inverno nós cobríamos uma poltrona com xales e a transformávamos em carruagem. Um fazia de cocheiro, o outro de lacaio, e as meninas ficavam no meio: as três cadeiras eram a tróia de cavalos, e nos púnhamos a caminho. E que aventuras nos aconteciam nessa viagem imaginária! E com que rapidez se passavam os longos e alegres serões de inverno! Se se enxerga tudo com os olhos da razão,já não é possível brincar. E se não se brinca,que nos resta então?”
Léon Tolstoi
O presente trabalho tem como objetivo salientar a importância da brincadeira na Educação Infantil. A intenção é mostrar que essa atitude, o ato de brincar, deve estar além dos objetivos escolares.
Brincando a criança tem condições de se desenvolver saudavelmente, além de despertar questões fundamentais no desenvolvimento da linguagem,do pensamento, do raciocínio lógico, do desenvolvimento motor, entre outros.
A criança pequena precisa de espaço para crescer. Isso se dá na pré-escola,primeiro contato que ela tem com a cultura escolar. É necessário que a escola, educadores e pais tenham a consciência de que a criança não é um adulto em miniatura. Para entender o sistema cultural em que está inserida é preciso assimilação, o que acontece nessa simples atitude infantil,que não é inata, a brincadeira. Esta oferece às crianças uma ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e tomada de consciência: ações na esfera imaginativa, criação das intenções voluntárias, formação de planos da vida real, motivações intrínsecas e oportunidade de interação com o outro, que sem dúvida, contribuirá para seu desenvolvimento.
A importância da brincadeira na Educação Infantil
Um breve histórico
O papel social que a criança ocupa hoje em nossa sociedade é totalmente diverso daquele que existia em séculos passados. Na Idade Média, por exemplo, não existia uma separação clara daquilo que era adequado às crianças e o que seria para a vivência dos adultos.Isso evidencia que um tratamento diferenciado aos pequenos não acontecia.
Anteriormente a brincadeira era considerada como fuga ou recreação e essa imagem social da criança não permitia a aceitação de um comportamento infantil, espontâneo, que pudesse significar algum valor em si.
Com inícios dos trabalhos de Comenius (1593), Rousseau (1712) e Pestalozzi (1746) aparece um novo sentido de infância, que protege as crianças e as ajudam a encontrar um espaço social significativo. Começa a elaboração de métodos para se trabalhar com os pequenos.
Em seguida, sob a influência do pensamento e da filosofia de suas épocas, cada um á sua maneira, os pedagogos Friedrich Froebel (782-1852), Maria Montessori (1870-1909) e Ovide Decroly (1871-1932) elaboraram pesquisas sobre crianças pequenas, dando bastante influência da educação sobre o desenvolvimento infantil.
Passemos por conhecer as contribuições específicas de cada um desses pesquisadores que valoraram consubstancialmente o espaço que a infância ocupa hoje.
• Friedrich Froebel: Sua principal contribuição pedagógica resulta da atenção para com as crianças anterior ao ensino elementar, ou seja, a educação da primeira infância. Pioneiro, funda Kindergarten (jardins de infância, em alusão ao jardineiro que cuida da planta desde pequenina para que cresça bem, pressuposto que os primeiros anos do homem são básicos para sua formação. Froebel privilegia a atividade lúdica por perceber o significado do jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório-motor e inventa métodos para aperfeiçoar as habilidades. Estava convencido de que a alegria do jogo levaria a criança a aceitar o trabalho de forma mais tranqüila. A fim de estimular os impulsos criadores na atividade lúdica, inventa cuidadoso equipamento constituído de séries de materiais oferecidos às crianças de acordo com a fase em que se encontram. As construções da primeira série foram por ele chamadas dons, como se fossem “dádivas divinas”. Os dons são materiais destinados a despertar a representação da forma,da cor,do movimento e da matéria,sendo que o primeiro e mais universal “dom” é a bola;o segundo,a bola,o cubo e o cilindro;o terceiro é formado pela divisão dos cubos desmontáveis. Além dos dons,Froebel destaca as ocupações,de modo especial a tecelagem,dobradura e recorte.O canto e a poesia também são utilizados,sobretudo para facilitar a educação moral e religiosa. É inegável a influencia da pedagogia de Froebel difundida nos jardins de infância de todo mundo.
• Ovide Decroly: Destaca-se pelo valor que deu ao desenvolvimento infantil. Para ele, a educação não se constitui de uma preparação para a vida adulta. A criança deve, segundo Decroly, resolver as dificuldades compatíveis ao seu momento de vida. Dizia que a necessidade gera o interesse, verdadeira motivação para a busca do conhecimento. Pelo seu método, mais conhecido como Centros de Interesse, a criança aprendia por observação, associação e expressão. A educação ocorria inspirada pelo cotidiano. Do ato de comer, por exemplo, poderia surgir o estudo da alimentação, a origem dos alimentos, sua classificação, o preparo e a produção. Decroly transformou a maneira de aprender e ensinar, adequando-as à psicologia infantil. O conceito de interesse é fundamental para ele. A necessidade gera o interesse e só este leva ao conhecimento. Fortemente influenciado pelas idéias sobre a natureza intrínseca do ser humano preconizada por Jean – Jacques Rousseau. Decroly atribuía às necessidades básicas a determinação da vida intelectual. Para ele, as quatro necessidades humanas são comer,abrigar-se ,defender-se e produzir.
• Maria Montessori : Desde menina manifesta interesse pelas matérias científicas,principalmente matemática e biologia,resultando em conflito com seus pais,que possuíam o desejo que ela seguisse a carreira de professora. Indo contra a expectativas familiares,ela se inscreve na Faculdade de Medicina da Universidade de Roma,escolha que a levou a ser, em 1896,a primeira mulher a se formar em medicina na Itália. Após sua formatura,iniciou um trabalho com crianças com necessidades especiais na clínica da universidade,vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças sem comprometimento algum,os procedimentos usados na educação dos que tinham comprometimento. Observou também,crianças que ficavam brincando nas ruas e criou um espaço educacional a estas crianças. Responsável também pela criação do método Montessori de aprendizagem,como especialmente por um material de apoio em que a própria criança observa se está fazendo as conexões corretas.
O que é brincar?
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia. O fato de a criança,desde muito cedo,poder se comunicar por meio de gestos,sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação.Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes,tais como a atenção,a imitação,a memória,a imaginação.Amadurecem também algumas capacidades de socialização,por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.
A diferenciação de papéis se faz presente sobretudo no faz –de –conta ,quando as crianças brincam como se fossem o pai,a mãe,o filhinho,o médico,o paciente,heróis e vilões etc., imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas,sobre o eu e sobre o outro.
No faz de conta,as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa,de uma personagem,de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas no momento e que evocam emoções,sentimentos e significados vivenciados em outras circunstâncias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Os heróis,por exemplo,lutam contra seus inimigos,mas também podem ter filhos,cozinhar e ir ao circo.
Ao brincar de faz – de –conta,as crianças buscam imitar,imaginar,representar e comunicar de uma forma específica que uma coisa pode ser outra,que uma pessoa ser um personagem,que uma criança pode ser um objeto ou um animal,que um lugar “faz – de –conta” que é outro.Brincar é,assim,um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já conhecem,utilizando a ativação da memória,atualizam seus conhecimentos prévios,ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma situação imaginária nova. Brincar constitui-se,dessa forma,em uma atividade interna das crianças,baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade,sem ser ilusão ou mentira.Também tornam-se autoras de seus papéis,escolhendo,elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimentos,sem a intervenção direta do adulto,podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata.
Quando utilizam a linguagem do faz – de – conta,as crianças enriquecem sua identidade,porque podem experimentar outras formas de ser e pensar,ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens.Na brincadeira,vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência,assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos,das emoções e das construções humanas.isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre individual e depende dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhadas em situações de interação social.Por meio da repetição de determinadas ações imaginadas que se baseiam nas polaridades presença / ausência.bom/mal,prazer/desprezer,passividade/atividade,dentro/fora,grande/pequeno,feio/bonito etc., as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e sentimentos,desenvolvendo um sentido próprio de moral e justiça.
Brincar fornece às crianças a possibilidade de construir uma identidade autônoma,cooperativa e criativa. A criança que brinca adentra o mundo do trabalho,da cultura e dos afetos pela via da representação e da experimentação.A brincadeira é um espaço educativo fundamental da infância. Ao contrário do que se acredita,nenhuma criança nasce sabendo brincar.Os bebês têm de aprender a brincar com seus semelhantes,adultos ou crianças mais velhas.
O movimento e as sensações de movimento são os primeiros divertimentos que os adultos oferecem às crianças.No início,os bebês podem ser objeto de prazer dos adultos,seus bonecos ou brinquedos.No entanto,as crianças não recebem passivamente essa atenção dos adultos:elas interagem com eles.A criança aprende a brincar assim como aprende a se comunicar e a expressar desejos e vontades.
A brincadeira é uma atividade social.Depende de regras de convivência e de regras imaginárias que são discutidas e negociadas incessantemente pelas crianças que brincam. É uma atividade imaginativa e interpretativa.
Imaginação e imitação
No desenvolvimento infantil os símbolos ocupam lugar preponderante.Isto ocorre porque a formação da linguagem e do pensamento necessita de imagens representativas onde a criança se apercebe do mundo.Ela “tem necessidade de outro sistema de significantes,mais individual e mais “motivado”: os símbolos,cujas formas mais correntes na criança pequena se encontram no jogo simbólico ou de imaginação” ( Piaget,2007)
Através da imaginação a criança consegue assimilar,reeditar a sua realidade:
“É fácil dar-se conta de que estes jogos simbólicos constituem uma atividade real do pensamento,embora essencialmente egocêntrica,ou melhor duplamente egocêntrica.Sua função consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos:a criança que brinca de boneca refaz sua própria vida,corrigindo-a à sua maneira, e revive todos os prazeres ou conflitos,resolvendo-os,comparando-os ,ou seja,completando a realidade através da ficção.” (Piaget,2007)
Por conseqüência, e ao mesmo tempo, tem-se a imitação, aonde os pequenos vão se acomodando ao mundo em que vivem “é a imitação retardada, ou seja, a imitação produzida pela primeira vez na ausência do modelo correspondente.” (Piaget,2007). Isso pode ser observado na criança desde bebê quando aprende a imitar os gestos daqueles que estão ao seu redor:
“Sabe-se que o lactante aprende pouco a pouco a imitar, sem que exista uma técnica hereditária da imitação. Primeiramente,é simples excitação, pelos gestos análogos do outro,movimentos visíveis do corpo (sobretudo das mãos) que a criança sabe executar espontaneamente, em seguida a imitação senso-motora torna-se uma cópia cada vez mais precisa dos movimentos que lembram os movimentos conhecidos;e finalmente,a criança reproduz os movimentos novos mais complexos...” (Piaget,2007)
A imitação tem papel importante no desenvolvimento dos pequenos e esta ação encontra-se nas brincadeiras infantis. Ambas, imitação e imaginação favorecem o desenvolvimento da linguagem.
Ao brincar a criança se socializa e desenvolve aspectos fundamentais que serão a base da construção dos mecanismos da linguagem:
“a troca e a comunicação entre os indivíduos são a conseqüência mais evidente do aparecimento da linguagem. Sem dúvida, estas relações interindividuais existem em germe desde a segunda metade do primeiro ano, graças à imitação, cujos processos estão em íntima conexão com o desenvolvimento senso-motor.” (Piaget, 2007)
Monólogos
Ao interagir entre si no ato de brincar a criança se socializa. Se houver a análise das conversas nesse momento espontâneo observa-se que elas falam de si para si, ou seja, não há trocas de pensamentos “falando como que para si mesmas” (Piaget, 2007). Esses “monólogos coletivos” oferecem à criança condições de desenvolverem a linguagem e de exteriorizar o “eu” latente na fase dos dois aos sete anos de idade. “Estes verdadeiros monólogos, como os coletivos constituem mais de um terço da linguagem espontânea entre crianças de três e quatro anos, diminuindo por volta dos sete anos” (Piaget, 2007)
A brincadeira do faz- de- conta
Para Vygotsky (1998), a brincadeira de faz-de-conta cria uma zona de desenvolvimento proximal,pois no momento que a criança representa um objeto por outro,ela passa a se relacionar com o significado a ele atribuído,e não mais ele em si.Assim,a atividade de brincar pode ajudar a passar ações concretas com objetos para ações com outros significados,possibilitando avançar em direção ao pensamento abstrato. Tanto Piaget quanto Vigostsky concebem o faz-de-conta como atividade muito importante para o desenvolvimento.
O espaço da brincadeira
Recentemente tem-se discutido bastante a questão da diminuição de espaço e tempo para as brincadeiras infantis nos lugares educacionais como pré-escolas. Gisela Waiskop em seu livro “Brincar na pré-escola” alerta sobre este assunto . Para ela a escola tem sistematizado o lugar do brincar atribuindo sempre um objetivo pedagógico e de natureza funcional. Ao analisar uma turma em uma escola pública aponta que não havia a liberdade para os pequenos interagirem entre si e o espaço da escola não era adequado. Por exemplo, as crianças não podiam fazer barulho no recreio para que não atrapalhassem os menores, tendo assim seu desenvolvimento limitado, já que não podiam brincar em um momento livre. Mostra a postura da educadora referida turma que não possibilitava momento de troca entre os educando,perdendo vários ganchos de possibilidade de aprendizagem. Tudo isso para manter a ordem e para que os exercícios repetitivos distribuídos aos alunos fossem eficazes. Reduzindo assim o grande o papel que a brincadeira tem no espaço de educação infantil.
É mister saber da importância da ludicidade no processo de ensino aprendizagem e “ o espaço da instituição deve ser um espaço de vida e interação e os materiais fornecidos para as crianças podem ser uma das variáveis fundamentais que auxiliam a construir e apropriar-se do conhecimento universal.” ( Gisela Waiskop,1999)
Nesta perspectiva brincar na pré-escola faz parte de um conjunto muito maior do que se pensa. É matéria puramente humana que auxilia no processo do desenvolvimento das crianças. É respeitar o limite de cada um dando espaço e tempo para um crescimento saudável.
"Só a Educação transforma."
Esse blogue destina-se a reflexão das discussões acerca da disciplina EPP. Uerj - FEBF
"Não é na resignação,mas na rebeldia em face das injustiças que nos afirmaremos." ( Pedagogia da autonomia)
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Reflexões sobre currículo - "O que se entende por desenvolvimento curricular?" (José Augusto Pacheco)
- O "currículo como práxis" evidencia a formação voltada para a emancipação dos indivíduos.O termo práxis relaciona-se à prática, ao que se pode ver efetivamente em se tratando de ação pedagógica. Um curriculo assim, parte do princípio de que a formação presica ser coerente com a vivência dos educandos e convida a todos os envolvidos no processo educacional ( não somente alunos e professores!),mas toda a comunidade a participarem desta ação. Não é um currículo controlado,racional e intencional - ideologicamente formulado. Pelo contrário, vai tratar dos interesses dos alunos, ou seja, vai ser reflexivo, no sentido de pensar o melhor para que a educação e todo processo de ensino seja significativo.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Relação do filme Giordano Bruno com o texto "Escritos Curriculares"
Conhecendo um pouco da história...
Em 17 de fevereiro de 1600, Giordano Bruno foi queimado vivo depois de dois julgamentos e seis anos de cárcere em Roma. Condenado à fogueira por heresia, Giordano Bruno morreu como símbolo de um tempo de mudança. Seus livros foram queimados, mas suas idéias se perpetuaram. A condenação de Bruno não só evidenciou o desespero da Igreja Católica frente às reformas religiosas que aconteceram em toda a Europa no século XVI, mas também propagandeou involuntariamente as idéias heréticas que haviam sido condenadas.
Rebelde por natureza, Bruno ingressou na ordem dominicana de onde acabou fugindo por insubordinação para se tornar, a partir de 1576, um “sábio errante”, como o designa o escritor norte-americano Richard Morris, em seu livro Uma breve história do infinito – dos paradoxos de Zenão ao universo quântico.
Em 1579, depois de ter vivido em várias cidades italianas, Bruno se mudou para França onde obteve um doutorado em teologia pela Universidade de Toulouse. Viveu também em Paris e na Inglaterra, tendo lecionado em Oxford. Trabalhou em algumas universidades da Alemanha e, em 1591, voltou a Veneza para trabalhar como tutor de Mocenigo, um rico comerciante.
O filme Giordano Bruno (1973), de Giuliano Montaldo, se inicia justamente nesse período. Bruno já é um filósofo conhecido em grande parte da Europa e se hospeda na casa de Mocenigo, em Veneza. Os dois se desentendem e Bruno é denunciado aos inquisidores. Nessa ocasião, é realizado o primeiro julgamento, interrompido pela Santa Inquisição Romana, que exigia a extradição do prisioneiro a Roma.
No filme, alguns traços históricos podem ser remarcados de forma muito interessante, como as diferenças entre a República de Veneza e Roma, centro do poder papal. A autoridade do papa era reconhecida por todos os reinos católicos, mas controlava administrativamente apenas o centro da península itálica – embora a Igreja Católica fosse um dos pilares de vários monarcas europeus. Quando o senado veneziano vota em favor da extradição de Giordano Bruno, fica evidenciado o enfraquecimento da autonomia de Veneza, que, no século XVI, já estava em decadência como as outras cidades mercantes do Mediterrâneo, a ponto de o senado decidir conforme fosse mais conveniente para suas relações com a Santa Sé.
A extradição de Giordano Bruno, mesmo depois de ter abjurado em troca de sua liberdade, é uma ação política que retrata o momento pelo qual passava Veneza, antecipando sua dependência do Papa. Nesse ponto, o filme acerta, pois refaz bem o contexto político e mostra que Bruno morreu não só por suas idéias, mas também como um sacrifício “diplomático” de Veneza.
Fora a questão de poder entre as cidades italianas, Giordano Bruno foi condenado à fogueira por oito heresias destacadas de seus livros durante o segundo julgamento, em Roma. Entre elas está a crença no sistema heliocêntrico, mas também está a crença na reencarnação e no universo infinito. Sobre Bruno, Richard Morris também diz que “embora fosse um copernicano ardoroso, Bruno não era um cientista e contribuiu pouco ou nada para o desenvolvimento da astronomia.” No entanto, isso não exclui a importância de suas idéias nem anula sua contribuição ao desenvolvimento do conhecimento humano.
(fonte:http://www.clickciencia.ufscar.br/portal/edicao13/resenha1_detalhe.php)
Discutindo...
As cenas do filme Giordano Bruno trazem apensamentos importantes para entender a educação atualmente.
A formulação do currículo é centrada de maneira que atenda aos interesses de um pequeno grupo. No filme, percebe-se a a igreja tinha o objetivo de manter a ordem vigente, de manipular. Nada mais propício do que controlar a formação das pessoas.
Como Giordano era um homem a frente de seu tempo, suas ideias foram rejeitadas pelo poder da Igreja Católica, pois as mesmas representam uma ameaça ao poder. O que evidencia o quanto o espaço do educar tem um papel importante - ou emancipa ou aliena...
Podíamos perceber há algum tempo que a educação, assim como o retratado no filme, não tinha intenção alguma de tornar os indivíduos autores de sua própria história e livres para pensar. Por isso, todos os que tinham ideias diferentes do que o poder da época apresentava como ideal, eram perseguidos por vezes até a morte.
O que se pretende com esta discussão é contemplar uma visão de currículo que atenda às necessidades dos indivíduos e faça com que eles tenham condições de serem escritores da sua própria história. O que se quer é direcionar para areflexão crítica da realidade uma vez que a construção curricular deve passar por isso. Atender a interesses elitistas não cabe em um espaço propício do saber,da construção do conheciehecimento, se não, a educação terá sua base em uma contradição, e com certeza, não se sustentará.
Atividade 2
1) Qual é o conceito de “currículo” apresentado pelo autor?
Segundo o autor o currículo corresponde aos conteúdos, conceitos que são suscetíveis de ser ensinados nas escolas. Compreende tudo que é suposto de ser ensinado ou aprendido, seguindo uma ordem determinada de programação e sob responsabilidade de uma instituição de educação formal, nos limites de um ciclo de estudos.Compreende o conjunto de conteúdos cognitivos e simbólicos (saberes,competências,representações,tendências,valores) transmitidos (de modo implícito ou explícito) nas práticas pedagógicas e nas situações de escolarização,isto é,tudo aquilo a que poderíamos chamar de dimensão cognitiva e cultural da educação escolar.
2) Explique o que representa a idéia de “universalismo” no currículo,apresentando os aspectos que o definem.
O universalismo compreende tudo que é exposto ao uso comum, no sentido de homogeneização das massas. No currículo, ele se relaciona aos conteúdos imutáveis e ordenados para determinado grupo. São saberes pré determinados e impostos, até mesmo indiscutíveis. Pode-se, em muitos casos, relacionar os conhecimentos às relações de poder. Isto porque através da manipulação do conhecimento que circula é possível manter a ordem social vigente, o status quo. Através disso posso construir um currículo com uma intenção determinada, um objetivo que pode estar claro ou não.
O universalismo no currículo nega o multiculturalismo, uma vez que desconsidera a contextualização do mesmo. Podemos encontrar no universalismo uma posição etnocêntrica, já que privilegia uma determinada visão em detrimento de outra ,não mesmos importante. O que se questiona é que a escola de hoje não dá conta de um currículo universal. A demanda atual não comporta uma unidade de conceitos,de valores imutáveis. E o objetivo da educação, passados séculos de história , é a emancipação dos indivíduos. Com um currículo pré determinado, sem abertura para ampliação,discussão e reflexão não cabe espaço para isso.
3) Explique o que representa a idéia de “relativismo” no currículo,apresentando os aspectos que o definem.
O relativismo compreende a contextualização do currículo. Discute a validade do que é ensinado e supostamente aprendido.É uma oposição ao universalismo,uma vez que propõe a discussão dos conceitos,valores e conhecimentos. Não no sentido de cada um escolher,ou determinar os conhecimentos sem encadeamento.O que se coloca é que com o relativismo pode-se ter a abertura para a reflexão, o pensar as situações. Com um currículo ordenado ,é claro, mas sem interesses implícitos.Há a possibilidade de contextualização do conhecimento. Não postula uma visão em detrimento da outra.
Nessa perspectiva, o espaço do educar não será somente para atender a certos interesses, mas vai englobar a formação de pessoas conscientes daquilo que estão aprendendo e ensinando. O relativismo vai questionar o dogmatismo social presente e perpetuado por séculos. Vai desvendar caminhos inimagináveis para que se chegue ao verdadeiro bem comum. Uma educação de qualidade precisa beber desta fonte para que seja coerente e eficaz.
4) Explique os seguintes enfoques sobre currículo;
a) analítico descritivo: utilizado pelos sociólogos e historiadores da educação e outros representantes das ciências sociais.
b) normativo e prescritivo: usado pelos filósofos da educação e todos aqueles que,desde o início das instituições de ensino,refletem em um determinado contexto e em função de um determinado público,sobre o que se deveria ou poderia ser ensinado.
c) operatório e tecnicista: usado pelos especialistas na elaboração e na implementação dos programas escolares.
d) eclético: utilizado pelos que estudam e ensinam a didática por ser o que combina diversos aspectos (elucidação, prescrição, criação, construção).
Segundo o autor o currículo corresponde aos conteúdos, conceitos que são suscetíveis de ser ensinados nas escolas. Compreende tudo que é suposto de ser ensinado ou aprendido, seguindo uma ordem determinada de programação e sob responsabilidade de uma instituição de educação formal, nos limites de um ciclo de estudos.Compreende o conjunto de conteúdos cognitivos e simbólicos (saberes,competências,representações,tendências,valores) transmitidos (de modo implícito ou explícito) nas práticas pedagógicas e nas situações de escolarização,isto é,tudo aquilo a que poderíamos chamar de dimensão cognitiva e cultural da educação escolar.
2) Explique o que representa a idéia de “universalismo” no currículo,apresentando os aspectos que o definem.
O universalismo compreende tudo que é exposto ao uso comum, no sentido de homogeneização das massas. No currículo, ele se relaciona aos conteúdos imutáveis e ordenados para determinado grupo. São saberes pré determinados e impostos, até mesmo indiscutíveis. Pode-se, em muitos casos, relacionar os conhecimentos às relações de poder. Isto porque através da manipulação do conhecimento que circula é possível manter a ordem social vigente, o status quo. Através disso posso construir um currículo com uma intenção determinada, um objetivo que pode estar claro ou não.
O universalismo no currículo nega o multiculturalismo, uma vez que desconsidera a contextualização do mesmo. Podemos encontrar no universalismo uma posição etnocêntrica, já que privilegia uma determinada visão em detrimento de outra ,não mesmos importante. O que se questiona é que a escola de hoje não dá conta de um currículo universal. A demanda atual não comporta uma unidade de conceitos,de valores imutáveis. E o objetivo da educação, passados séculos de história , é a emancipação dos indivíduos. Com um currículo pré determinado, sem abertura para ampliação,discussão e reflexão não cabe espaço para isso.
3) Explique o que representa a idéia de “relativismo” no currículo,apresentando os aspectos que o definem.
O relativismo compreende a contextualização do currículo. Discute a validade do que é ensinado e supostamente aprendido.É uma oposição ao universalismo,uma vez que propõe a discussão dos conceitos,valores e conhecimentos. Não no sentido de cada um escolher,ou determinar os conhecimentos sem encadeamento.O que se coloca é que com o relativismo pode-se ter a abertura para a reflexão, o pensar as situações. Com um currículo ordenado ,é claro, mas sem interesses implícitos.Há a possibilidade de contextualização do conhecimento. Não postula uma visão em detrimento da outra.
Nessa perspectiva, o espaço do educar não será somente para atender a certos interesses, mas vai englobar a formação de pessoas conscientes daquilo que estão aprendendo e ensinando. O relativismo vai questionar o dogmatismo social presente e perpetuado por séculos. Vai desvendar caminhos inimagináveis para que se chegue ao verdadeiro bem comum. Uma educação de qualidade precisa beber desta fonte para que seja coerente e eficaz.
4) Explique os seguintes enfoques sobre currículo;
a) analítico descritivo: utilizado pelos sociólogos e historiadores da educação e outros representantes das ciências sociais.
b) normativo e prescritivo: usado pelos filósofos da educação e todos aqueles que,desde o início das instituições de ensino,refletem em um determinado contexto e em função de um determinado público,sobre o que se deveria ou poderia ser ensinado.
c) operatório e tecnicista: usado pelos especialistas na elaboração e na implementação dos programas escolares.
d) eclético: utilizado pelos que estudam e ensinam a didática por ser o que combina diversos aspectos (elucidação, prescrição, criação, construção).
quinta-feira, 31 de março de 2011
Partilhando experiencias - a avaliação em foco.
Avaliar e um ato que faz parte do nosso cotidiano. Todos os dias somos avaliados e avaliamos.O que diferencia são os lugares e as perspectivas a que estamos inseridos. O processo avaliativo na faculdade depende do professor que administra a disciplina. Durante esses três períodos deparei-me com muitos tipos , com os quais partilho da mesma posição e outro que discordo totalmente. No primeiro período, na disciplina de Educação,Linguagem e Conhecimento, o professor tinha um método que era totalmente incoerente.Ele falava uma coisa e fazia outra. Na exposição das aulas colocava que o professor tinha que aproveitar o conhecimento do aluno,que a avaliação não deveria ser punitiva,mas de fato ele fazia aquilo que negava. Tínhamos que preparar um seminário e escrever um artigo. Durante todo o processo o objetivo final era a atribuição de uma nota.Essa era a única maneira que ele utilizou para nos avaliar. Não levou em conta o nosso estranhamento estando na universidade e ainda no primeiro período. Havia pessoas que de tão nervosas nem conseguiam desenvolver o tema corretamente. Era uma pressão psicológica muito grande. Não encontrei proposito naquilo que ele propôs para a turma.O fim era a nota.As exposições dele eram ate boas,mas o processo avaliativo deixou a desejar.Era totalmente tradicional e não dava abertura para os alunos.
Em contrapartida outros professores tinham uma postura totalmente diversa. Na disciplina de Pesquisa educacional a professora, a todo momento, partilhou conosco as experiencias, aceitava nossas opiniões, deixava com que fizéssemos parte da discussão. fazíamos resenha, fichamento. Quando não atendíamos a proposta ela voltava,explicava, ate que conseguíssemos alcançar um passo significativo. No fim do semestre ela fez uma auto avaliação,onde tínhamos que atribuir um conceito para nossa participação na disciplina. Dava para notar que para ela a nota não era o fim, mas o processo era mais importante.
De forma geral, na universidade, temos a oportunidade de conhecer muitas praticas. O interessante são as oportunidades que temos de fazer a reflexão a partir disso. E enquanto educadores apurar para que a nossa pratica seja diferente.
Em contrapartida outros professores tinham uma postura totalmente diversa. Na disciplina de Pesquisa educacional a professora, a todo momento, partilhou conosco as experiencias, aceitava nossas opiniões, deixava com que fizéssemos parte da discussão. fazíamos resenha, fichamento. Quando não atendíamos a proposta ela voltava,explicava, ate que conseguíssemos alcançar um passo significativo. No fim do semestre ela fez uma auto avaliação,onde tínhamos que atribuir um conceito para nossa participação na disciplina. Dava para notar que para ela a nota não era o fim, mas o processo era mais importante.
De forma geral, na universidade, temos a oportunidade de conhecer muitas praticas. O interessante são as oportunidades que temos de fazer a reflexão a partir disso. E enquanto educadores apurar para que a nossa pratica seja diferente.
sábado, 10 de julho de 2010
Daniele de Souza Santos
Fabiana de Souza Ferreira
Iraci Sabino de Carvalho
Jonathan de Carvalho Santos
Katia Aparecida Muniz
Educação de qualidade – um direito de todos?
As reformas educacionais implantadas para a adequação do sistema escolar às necessidades das mudanças sociais ocorrem insistentemente. O projeto “Mais educação”, que visa a ampliação da jornada escolar, é um exemplo disso. Nele a criança deve “habitar” o espaço educacional em tempo integral, e ter suas necessidades atendidas. Discutir os meios pelos quais é possível chegar ao bom resultado, aquele que irá contribuir para a emancipação dos alunos, é papel das instituições comprometidas verdadeiramente com a educação de qualidade.
Partindo da perspectiva da lei, temos segundo Ana Maria V. Cavaleri, que:
“Da mesma forma, nas leis brasileiras, surge a tendência ao aumento do tempo e das responsabilidades escolares. Diz a LDB (1996) que a jornada escolar no ensino fundamental será de pelos menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliada para o tempo integral,associada a programas suplementares de alimentação, assistência à saúde, material didático-escolar e transporte.” (Cavaleri,2009)
Nesse sentido deve-se questionar essa transformação no campo educacional. Os objetivos propostos são adequados à realidade? O que se tem feito para que projetos como o citado acima não caiam no assistencialismo? Partindo desse ponto podem-se verificar as questões que vão permear a avaliação do sistema educacional, o que implicará em qualidade. Esta segundo José Carlos Libânio pode ser vista sob dois aspectos:
• Qualidade no sentido administrativo, a total – “Aplicada ao sistema escolar e às escolas, a qualidade total tem como objetivo o treinamento de pessoas para serem competentes no que fazem dentro de uma gestão eficaz de meios,com mecanismos de controle e avaliação de resultados,visando atender os imperativos econômicos e técnicos.
• Qualidade no sentido educativo mais humano, a social: “Educação de qualidade é aquela que promove para todos o domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais necessários ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos,” a inserção no mundo do trabalho “ constituição da cidadania,tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.”
Os processos educacionais que temos hoje em nossa sociedade devem ser analisados sob o olhar da qualidade social uma vez que o objetivo maior é a construção de um ser social emancipado. Através disso pode-se verificar qual é o caminho que se tem traçado, o que realmente se oferece às nossas crianças e jovens. Mais ainda: temos melhorado a qualidade oferecendo condições para manter a ordem social ou para transformar o quadro existente?
De acordo com o sociólogo Pedro Demo, todo ser humano é dotado de qualidades, e o diferencial de outros seres vivos é o aperfeiçoamento desse desenvolvimento das qualidades. E o destaque aqui é fazer-se notar por essa qualidade, tornando-se diferente dos outros. A educação entra aqui no sentido de aperfeiçoar essa qualidade no sentido de construção do individuo.
O sociólogo distingue dois tipos diferentes de qualidade: a formal e a política. A qualidade formal abraça todos os mecanismos que levam a aquisição do conhecimento e a sua importância. Já a qualidade política diz respeito a aplicação desse conhecimento no meio social, visando o bem comum e com certas características que lhe são atribuídas e que se colocadas em práticas seria o sonho de todo educador, que são elas:
O bom desenvolvimento de conhecimentos e habilidades já na segunda infância, onde esses conhecimentos, procedimentos e valores começam a ser trabalhados e os inserindo em um novo mundo, já que surgem as primeiras diferenças de convívio e relacionamento.
Quando o conceito de responsabilidade começa a ser desenvolvido e trabalhado, é possível reconhecer indivíduos com capacidade de liderança e capaz de tomar decisões pelo grupo em que está inserido.
A cultura escolar abraçando outras culturas e caminhando juntas para uma integração intercultural e comunitária. O aperfeiçoamento dos ideais humanistas, já que houve uma preparação e um trabalho específico no desenvolvimento dessas qualidades morais que envolvem uma sociedade. Ter uma escola com um bom aparelho físico, uma equipe pedagógica trabalhando em prol da comunidade escolar, com seus professores motivados e bem remunerados.
A igualdade quanto ao atendimento escolar é uma das maiores dificuldades para se estabelecer a qualidade social. Sabemos que todos têm direito a educação, tornando assim possível desenvolver parâmetros de desempenho nas dimensões da educação (cognitiva, física, moral, etc.), mas não conhecemos profundamente as dificuldades escolares gerais ou especificas de alguns alunos com necessidades particulares.
O autor mostra com o exemplo de várias características que para se obter uma educação escolar de qualidade depende da execução de vários objetivos e estratégias. A reorganização e a democratização da organização da escola não resolvem os problemas do baixo rendimento escolar, é necessário conhecer a realidade do aluno. Também não podemos conhecer o desempenho do aluno somente através de provas ou exames, porque segundo o autor, os resultados da aprendizagem não dizem respeito só a dimensão cognitiva, mas também às dimensões afetivas, estética, ética, física. É importante ressaltar que não se deve julgar a escola pelos seus produtos, realizar exames nacionais, provas, modificação dos currículos, são imprescindíveis para promover a qualidade, mas devem ser utilizados como meios de avaliações e não como avaliações finais como é feito.
Atualmente existem três modelos de organização para o aperfeiçoamento do currículo:
Organizado por órgãos superiores do sistema educacional, onde são definidas metas, metodologias, técnicas, sistemas de avaliações, etc... Onde a visão principal esta no sistema político e não nas necessidades regionais
Um modelo descentralizado, onde predomina as necessidades do aluno. É onde mais se predomina a participação dos componentes da escola, e a interferência governamental é mínima.
E a gestão mista, que dá importância aos órgãos de coordenação central, visando uma unidade mínima do sistema escolar, e à a flexibilidade e liberdade em função dos interesses regionais.
Atualmente nossos sistemas educacionais estão voltados para obrigatoriedade da formação mínima do aluno, onde não é considerado fatores externos influentes na formação cognitiva do aluno. A revisão dessas ideias e a reformulação desses currículos, como já dito anteriormente, não serão eficazes se não nos desprendermos a propiciar uma mudança de praticas, com a crença que a igualdade social só será alcançada a medida que todos tomarem a consciência da necessidade da integração de todo um projeto pedagógico, com a participação ativa de todos os componentes da equipe escolar, aparecendo assim os bons frutos desse trabalho
Referência:
Buscando a Qualidade Social do Ensino
Organização e Gestão de escola: Teoria e Prática. 5.ed. Goiânia : M.F livros 2008
Fabiana de Souza Ferreira
Iraci Sabino de Carvalho
Jonathan de Carvalho Santos
Katia Aparecida Muniz
Educação de qualidade – um direito de todos?
As reformas educacionais implantadas para a adequação do sistema escolar às necessidades das mudanças sociais ocorrem insistentemente. O projeto “Mais educação”, que visa a ampliação da jornada escolar, é um exemplo disso. Nele a criança deve “habitar” o espaço educacional em tempo integral, e ter suas necessidades atendidas. Discutir os meios pelos quais é possível chegar ao bom resultado, aquele que irá contribuir para a emancipação dos alunos, é papel das instituições comprometidas verdadeiramente com a educação de qualidade.
Partindo da perspectiva da lei, temos segundo Ana Maria V. Cavaleri, que:
“Da mesma forma, nas leis brasileiras, surge a tendência ao aumento do tempo e das responsabilidades escolares. Diz a LDB (1996) que a jornada escolar no ensino fundamental será de pelos menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliada para o tempo integral,associada a programas suplementares de alimentação, assistência à saúde, material didático-escolar e transporte.” (Cavaleri,2009)
Nesse sentido deve-se questionar essa transformação no campo educacional. Os objetivos propostos são adequados à realidade? O que se tem feito para que projetos como o citado acima não caiam no assistencialismo? Partindo desse ponto podem-se verificar as questões que vão permear a avaliação do sistema educacional, o que implicará em qualidade. Esta segundo José Carlos Libânio pode ser vista sob dois aspectos:
• Qualidade no sentido administrativo, a total – “Aplicada ao sistema escolar e às escolas, a qualidade total tem como objetivo o treinamento de pessoas para serem competentes no que fazem dentro de uma gestão eficaz de meios,com mecanismos de controle e avaliação de resultados,visando atender os imperativos econômicos e técnicos.
• Qualidade no sentido educativo mais humano, a social: “Educação de qualidade é aquela que promove para todos o domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais necessários ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos,” a inserção no mundo do trabalho “ constituição da cidadania,tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.”
Os processos educacionais que temos hoje em nossa sociedade devem ser analisados sob o olhar da qualidade social uma vez que o objetivo maior é a construção de um ser social emancipado. Através disso pode-se verificar qual é o caminho que se tem traçado, o que realmente se oferece às nossas crianças e jovens. Mais ainda: temos melhorado a qualidade oferecendo condições para manter a ordem social ou para transformar o quadro existente?
De acordo com o sociólogo Pedro Demo, todo ser humano é dotado de qualidades, e o diferencial de outros seres vivos é o aperfeiçoamento desse desenvolvimento das qualidades. E o destaque aqui é fazer-se notar por essa qualidade, tornando-se diferente dos outros. A educação entra aqui no sentido de aperfeiçoar essa qualidade no sentido de construção do individuo.
O sociólogo distingue dois tipos diferentes de qualidade: a formal e a política. A qualidade formal abraça todos os mecanismos que levam a aquisição do conhecimento e a sua importância. Já a qualidade política diz respeito a aplicação desse conhecimento no meio social, visando o bem comum e com certas características que lhe são atribuídas e que se colocadas em práticas seria o sonho de todo educador, que são elas:
O bom desenvolvimento de conhecimentos e habilidades já na segunda infância, onde esses conhecimentos, procedimentos e valores começam a ser trabalhados e os inserindo em um novo mundo, já que surgem as primeiras diferenças de convívio e relacionamento.
Quando o conceito de responsabilidade começa a ser desenvolvido e trabalhado, é possível reconhecer indivíduos com capacidade de liderança e capaz de tomar decisões pelo grupo em que está inserido.
A cultura escolar abraçando outras culturas e caminhando juntas para uma integração intercultural e comunitária. O aperfeiçoamento dos ideais humanistas, já que houve uma preparação e um trabalho específico no desenvolvimento dessas qualidades morais que envolvem uma sociedade. Ter uma escola com um bom aparelho físico, uma equipe pedagógica trabalhando em prol da comunidade escolar, com seus professores motivados e bem remunerados.
A igualdade quanto ao atendimento escolar é uma das maiores dificuldades para se estabelecer a qualidade social. Sabemos que todos têm direito a educação, tornando assim possível desenvolver parâmetros de desempenho nas dimensões da educação (cognitiva, física, moral, etc.), mas não conhecemos profundamente as dificuldades escolares gerais ou especificas de alguns alunos com necessidades particulares.
O autor mostra com o exemplo de várias características que para se obter uma educação escolar de qualidade depende da execução de vários objetivos e estratégias. A reorganização e a democratização da organização da escola não resolvem os problemas do baixo rendimento escolar, é necessário conhecer a realidade do aluno. Também não podemos conhecer o desempenho do aluno somente através de provas ou exames, porque segundo o autor, os resultados da aprendizagem não dizem respeito só a dimensão cognitiva, mas também às dimensões afetivas, estética, ética, física. É importante ressaltar que não se deve julgar a escola pelos seus produtos, realizar exames nacionais, provas, modificação dos currículos, são imprescindíveis para promover a qualidade, mas devem ser utilizados como meios de avaliações e não como avaliações finais como é feito.
Atualmente existem três modelos de organização para o aperfeiçoamento do currículo:
Organizado por órgãos superiores do sistema educacional, onde são definidas metas, metodologias, técnicas, sistemas de avaliações, etc... Onde a visão principal esta no sistema político e não nas necessidades regionais
Um modelo descentralizado, onde predomina as necessidades do aluno. É onde mais se predomina a participação dos componentes da escola, e a interferência governamental é mínima.
E a gestão mista, que dá importância aos órgãos de coordenação central, visando uma unidade mínima do sistema escolar, e à a flexibilidade e liberdade em função dos interesses regionais.
Atualmente nossos sistemas educacionais estão voltados para obrigatoriedade da formação mínima do aluno, onde não é considerado fatores externos influentes na formação cognitiva do aluno. A revisão dessas ideias e a reformulação desses currículos, como já dito anteriormente, não serão eficazes se não nos desprendermos a propiciar uma mudança de praticas, com a crença que a igualdade social só será alcançada a medida que todos tomarem a consciência da necessidade da integração de todo um projeto pedagógico, com a participação ativa de todos os componentes da equipe escolar, aparecendo assim os bons frutos desse trabalho
Referência:
Buscando a Qualidade Social do Ensino
Organização e Gestão de escola: Teoria e Prática. 5.ed. Goiânia : M.F livros 2008
Respostas do questionário
Respostas do questionário
1- A partir das experiências de vocês façam uma breve descrição/ análise das seguintes características:
• Aspectos Físicos
Os aspectos físicos de uma escola refletem sua organização cotidiana. Uma escola que não se preocupa com sua estrutura física não oferece tudo que potencialmente poderia oferecer e deixa de observar futuros problemas que poderão surgir devido à falta de organização física.
Salas de aulas amplas, porém o grande número de alunos PR turma faz com que as mesmas fiquem pequenas.
Corredores e pátios pequenos limitam as possibilidades de desenvolvimento dos alunos.
3 das 5 componentes deste grupo, estudaram em escolas públicas distintas e todas as três escolas, possuíam: Quadra de esportes; Refeitório; Sala de vídeo; Biblioteca.
As outras duas componentes, estudantes de escolas particulares distintas, relataram que suas escolas possuíam: Uma ou mais quadra de esportes; Laboratório de informática; Laboratório de ciências; Biblioteca; Cantina.
• Aspectos Administrativos
Envolvem todos os componentes que auxiliam no dia-a-dia do funcionamento do espaço escolar. A comunidade não participa dessa organização, a não ser quando há eleição para diretores, onde dois responsáveis são convocados para compor a equipe da eleição. Já no caso de escolas particulares, não há qualquer envolvimento da comunidade, já que os diretores, muitas vezes, são os próprios donos.
• Aspectos Sociais
Diante do “descaso” de alguns pais em relação ao desenvolvimento escolar de seus filhos, é necessário constantes trabalhos de conscientização de suas responsabilidades e compromissos. Alguns projetos são realizados e nestes, solicita-se a participação da comunidade.
Como por exemplo: Reuniões de pais e alunos.
2- Apresente duas sugestões exeqüíveis para desenvolver cada uma das características de escola eficaz:
• Autonomia da Escola
Envolvimento do diretor, professores e pais, na decisão de medidas que sejam condizentes com a realidade daquela escola.
Desenvolvimento de projetos que vão de encontro com interesses da escola. Exemplo disso: a escola não adotar medidas convencionais, mas criar suas próprias medidas de acordo com seus interesses.
• Liderança Organizacional
Promover grupos de estudos e leituras;
Eleição para representantes de turmas;
Realização de grêmios e gincanas.
• Articulação Curricular
Promover debates. Criar projetos de interdisciplinalidade.
Sugestões de problemáticas e a busca da articulação.
• Otimização do Tempo
Utilização de diferentes ambientes para a prática pedagógica.
Fazer uso de recursos de diferentes tipos, para a assimilação do conteúdo teórico.
• Estabilidade Profissional
Manter profissionais capacitados, promover avaliação de suas habilidades e desempenho para que sejam melhor utilizados .
Estimular o vínculo com a instituição de ensino.
• Formação Pessoal
Promover palestras, que visão a reciclagem, ou mesmo, especialização do professor.
Reuniões onde haja a troca de experiências positivas que possam ajudar na formação do profissional.
• Participação dos Pais
Criação de projetos que visem a participação dos pais.
Coleta de sugestões dos pais para melhorias na escola.
Atendimento aos pais que não podem comparecer nos horários de reunião.
• Reconhecimento Público
Promover divulgação dos trabalhos por diferentes meios. Incluindo a divulgação por meio dos pais e alunos.
Realizar, feiras científicas, exposição artística e outras formas de divulgação do trabalho da escola com seus alunos e funcionários.
• Apoio das Autoridades
A criação de projetos voltados à comunidade.
Projetos que divulguem as atividades da escola.
3- Reflita sobre os elementos da cultura organizacional das escolas com base na sua experiência.
A cultura organizacional das escolas integra um conjunto de elementos ligados que condicionam tanto a sua configuração interna, como o estilo de interações que estabelece com a comunidade.
• Bases conceituais e pressupostos (invisíveis) integram os valores sociais, as crenças e ideologias, como por exemplo as condutas individuais para os comportamentos grupais.
• Manifestações verbais e conceituais integram o plano de estudo e a linguagem.
• Manifestações visuais e simbólicas fazem parte física e cultural de toda a arquitetura interna e externa do colégio.
4- Relacione as três áreas de intervenção( escolar, pedagógica, profissional) com o cotidiano da escola.
A área escolar é formada pelos pais, pelas comunidades, pelos alunos pelos professores entre outros, onde estes têm “direitos” a participarem da elaboração de algumas questões do cotidiano escolar. Este é um espaço “reservado” as falas dos pais onde estes são inseridos nas decisões.
A área pedagógica é relacionada relação aluno professor e seus reflexos em sala.
A área profissional é envolve todos os funcionários da escola. É necessário que no dia-a-dia da escola estejam inseridos profissionais de diversas áreas que possam auxiliar nos problemas que sejam qualificados para exercerem tais funções.
5- Escreva uma reflexão sobre a relevância da avaliação das escolas (auto – análise) para o sucesso da educação.
A auto-análise é importante porque através dela o trabalho desenvolvido pode ser problematizado no sentido de avanço para um resultado significativo.
Avaliar na perspectiva de apontar caminhos, questionar resultados. Não no sentido de detectar problemas e só refletir sobre eles, sem uma visão ampla, de mudança concreta.
Isso é extremamente necessário para todo espaço escolar. E o resultado dessa análise é o que vai mostrar o que precisa mudar ou não. Não falamos da escola ser vista por ela mesma, mas por todos os olhares, inclusive o da comunidade em que está inserida. Ver se realmente está atendendo as demandas, se o processo de aprendizagem está sendo assimilado.
6- Reflita sobre as categorias da avaliação institucional e sobre as funções e críticas da avaliação.
As estratégias de avaliação são separadas em externa, que agem no sistema de organização do ensino, mas não se prende somente a isso visando, também, reformas educativas. E dividem da seguinte forma:
• Interna – produção de conhecimento;
• Interna – práticas institucionais;
• Externas – produção de conhecimento;
• Externas – práticas institucionais.
As funções e critérios de avaliação respondem às funções: operatória, permanente, participativa e formativa.
As avaliações devem ser simples e, que permitam um desenvolvimento de projetos futuros e não apenas um balanço do que se foi feito.
1- A partir das experiências de vocês façam uma breve descrição/ análise das seguintes características:
• Aspectos Físicos
Os aspectos físicos de uma escola refletem sua organização cotidiana. Uma escola que não se preocupa com sua estrutura física não oferece tudo que potencialmente poderia oferecer e deixa de observar futuros problemas que poderão surgir devido à falta de organização física.
Salas de aulas amplas, porém o grande número de alunos PR turma faz com que as mesmas fiquem pequenas.
Corredores e pátios pequenos limitam as possibilidades de desenvolvimento dos alunos.
3 das 5 componentes deste grupo, estudaram em escolas públicas distintas e todas as três escolas, possuíam: Quadra de esportes; Refeitório; Sala de vídeo; Biblioteca.
As outras duas componentes, estudantes de escolas particulares distintas, relataram que suas escolas possuíam: Uma ou mais quadra de esportes; Laboratório de informática; Laboratório de ciências; Biblioteca; Cantina.
• Aspectos Administrativos
Envolvem todos os componentes que auxiliam no dia-a-dia do funcionamento do espaço escolar. A comunidade não participa dessa organização, a não ser quando há eleição para diretores, onde dois responsáveis são convocados para compor a equipe da eleição. Já no caso de escolas particulares, não há qualquer envolvimento da comunidade, já que os diretores, muitas vezes, são os próprios donos.
• Aspectos Sociais
Diante do “descaso” de alguns pais em relação ao desenvolvimento escolar de seus filhos, é necessário constantes trabalhos de conscientização de suas responsabilidades e compromissos. Alguns projetos são realizados e nestes, solicita-se a participação da comunidade.
Como por exemplo: Reuniões de pais e alunos.
2- Apresente duas sugestões exeqüíveis para desenvolver cada uma das características de escola eficaz:
• Autonomia da Escola
Envolvimento do diretor, professores e pais, na decisão de medidas que sejam condizentes com a realidade daquela escola.
Desenvolvimento de projetos que vão de encontro com interesses da escola. Exemplo disso: a escola não adotar medidas convencionais, mas criar suas próprias medidas de acordo com seus interesses.
• Liderança Organizacional
Promover grupos de estudos e leituras;
Eleição para representantes de turmas;
Realização de grêmios e gincanas.
• Articulação Curricular
Promover debates. Criar projetos de interdisciplinalidade.
Sugestões de problemáticas e a busca da articulação.
• Otimização do Tempo
Utilização de diferentes ambientes para a prática pedagógica.
Fazer uso de recursos de diferentes tipos, para a assimilação do conteúdo teórico.
• Estabilidade Profissional
Manter profissionais capacitados, promover avaliação de suas habilidades e desempenho para que sejam melhor utilizados .
Estimular o vínculo com a instituição de ensino.
• Formação Pessoal
Promover palestras, que visão a reciclagem, ou mesmo, especialização do professor.
Reuniões onde haja a troca de experiências positivas que possam ajudar na formação do profissional.
• Participação dos Pais
Criação de projetos que visem a participação dos pais.
Coleta de sugestões dos pais para melhorias na escola.
Atendimento aos pais que não podem comparecer nos horários de reunião.
• Reconhecimento Público
Promover divulgação dos trabalhos por diferentes meios. Incluindo a divulgação por meio dos pais e alunos.
Realizar, feiras científicas, exposição artística e outras formas de divulgação do trabalho da escola com seus alunos e funcionários.
• Apoio das Autoridades
A criação de projetos voltados à comunidade.
Projetos que divulguem as atividades da escola.
3- Reflita sobre os elementos da cultura organizacional das escolas com base na sua experiência.
A cultura organizacional das escolas integra um conjunto de elementos ligados que condicionam tanto a sua configuração interna, como o estilo de interações que estabelece com a comunidade.
• Bases conceituais e pressupostos (invisíveis) integram os valores sociais, as crenças e ideologias, como por exemplo as condutas individuais para os comportamentos grupais.
• Manifestações verbais e conceituais integram o plano de estudo e a linguagem.
• Manifestações visuais e simbólicas fazem parte física e cultural de toda a arquitetura interna e externa do colégio.
4- Relacione as três áreas de intervenção( escolar, pedagógica, profissional) com o cotidiano da escola.
A área escolar é formada pelos pais, pelas comunidades, pelos alunos pelos professores entre outros, onde estes têm “direitos” a participarem da elaboração de algumas questões do cotidiano escolar. Este é um espaço “reservado” as falas dos pais onde estes são inseridos nas decisões.
A área pedagógica é relacionada relação aluno professor e seus reflexos em sala.
A área profissional é envolve todos os funcionários da escola. É necessário que no dia-a-dia da escola estejam inseridos profissionais de diversas áreas que possam auxiliar nos problemas que sejam qualificados para exercerem tais funções.
5- Escreva uma reflexão sobre a relevância da avaliação das escolas (auto – análise) para o sucesso da educação.
A auto-análise é importante porque através dela o trabalho desenvolvido pode ser problematizado no sentido de avanço para um resultado significativo.
Avaliar na perspectiva de apontar caminhos, questionar resultados. Não no sentido de detectar problemas e só refletir sobre eles, sem uma visão ampla, de mudança concreta.
Isso é extremamente necessário para todo espaço escolar. E o resultado dessa análise é o que vai mostrar o que precisa mudar ou não. Não falamos da escola ser vista por ela mesma, mas por todos os olhares, inclusive o da comunidade em que está inserida. Ver se realmente está atendendo as demandas, se o processo de aprendizagem está sendo assimilado.
6- Reflita sobre as categorias da avaliação institucional e sobre as funções e críticas da avaliação.
As estratégias de avaliação são separadas em externa, que agem no sistema de organização do ensino, mas não se prende somente a isso visando, também, reformas educativas. E dividem da seguinte forma:
• Interna – produção de conhecimento;
• Interna – práticas institucionais;
• Externas – produção de conhecimento;
• Externas – práticas institucionais.
As funções e critérios de avaliação respondem às funções: operatória, permanente, participativa e formativa.
As avaliações devem ser simples e, que permitam um desenvolvimento de projetos futuros e não apenas um balanço do que se foi feito.
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